terça-feira, 26 de outubro de 2010

Mirella – CAPITULO 9




Na manhã seguinte, Mirella acordou como se houvesse dormido apenas uma hora.
                        - Millena, aonde a mace está.
                        -Me deixa ver... Não tá no meu bolso não.
                        - O sua anta lerda eu só perguntei, sua cara de porco espinho!
                        -C ara de porco espinho?
                        - é – sorriu – olha a alienígena que tá nascendo no  seu rosto.
                        - Não! Você tá é brincando... – correu para o banheiro.
                        Mirella ficou calada, foi até o armário e não tinha pão, resolveu ir buscar.
                        Chegando na padaria a fula estava enorme, parecia que todo o bairro havia ido buscar pão.
                        - Quê droga! – Mirella começava  a ficar impaciente.
                        Quando só havia uma pessoa na sua frente, sua paciência se esgotou. Aquele garoto não decidia, uma hora queria pão, outra hora queria bolo.
                        - Dá pra você decidir logo? – Irritou-se Mirella.
                        Quando o garoto se virou, ela não pode acreditar, era o cara do shopping.
]                      - Mirella? – Surpreendeu-se ele.
                        - Não, Chapeuzinho Vermelho!
                        Ele não respondeu, ficou calado e Mirella em um impulso passou na frente dele e pediu 6 pães.
                        Quando ela estava saindo ele largou a fila e foi atrás dela.
                        - Olha, eu não sei o que eu fiz e pra dizer a verdade nem quero saber. Na sexta, no shopping, eu quis conversar de boa com você, mas você pelo contrario só sabe distribuir patadas, - falou ele enquanto segurava o braço de Mirella – e tem mais! – foi interrompido por ela.
                        - Primeiro: me solta; – tirou a mão dele do seu braço – segundo: eu não sou obrigada a ficar te ouvindo, tenho mais o que fazer; terceiro: tchau.
                        Foi embora antes que ele pudesse dizer qualquer coisa.



                        Quando chegou em casa bateu a porta.
                        - Ui, tá nervosinha? – Perguntou Millena cínica.
                        -Não começa sua caquética retardada, demente!
                        - Nossa!
                        - Nossa nada, estou cansada de você e de seu veneno escorrendo ai no canto da boca! E quer saber? – falou enquanto se virava para a pia – Come e se entope, tampa esse buraco de cobra que você chama de boca!
                        - Ei sua pirralha, você tá querendo uns cascudos?
                        - E você está? Vai afiar sua língua que você ganha mais, to indo; quem sabe vou ao medico tomar vacina contra Millena, sua praga.
                        Millena foi atrás de Mirella que se trancou no quarto.
                        -Abre a porta sua fedelha mimada! Você vai ganhar a maior surra da sua vida – Millena gritava enquanto batia na porta, porem Mirella não abriu e ainda ligou o som no ultimo. A música que Millena mais odiava.



                        Mais tarde, quando Claudia chegou em casa, viu Millena nervosa e volume som no ultimo.
                        - O que está acontecendo?
                        - é a louca da sua filha – retrucou Millena.
                        - Segura o Miguel.
                        Claudia foi até o quarto de Mirella.
                        - Mirella, abra já está porta.
                        Mirella destrancou a porta e Claudia entrou no quarto gritando.
                        -Abaixe esse som!
                        Mirella continuou deitada de bruços   e não falou nada.
                        Claudia se aproximou e Mirella a abraçou chorando.
                        - O que foi? – Perguntou Claudia preocupada.
                        - Nada – entre soluços e lágrimas pediu – só fica aqui, por favor.
                        -Tá bom filha, a mãe fica.
                        Mirella ficou muito tempo abraçada com a mãe, depois deitou em seu colo e Claudia começou a fazer cafuné desembaraçado os cabelos da filha.
                        - MÃE EU TE AMO.
                        Cláudia se surpreendeu: a quanto tempo Mirella não falava isso?
                        -Eu também te amo filha.
                        Quando Mirella dormiu Cláudia a deixou no quarto e foi ver Miguel.


Mirella – Capitulo 8



A noite, elas já haviam terminado de pintar e tudo tinha ficado lindo.
                        - Nossa eu to com uma fome de leão – comentou Millena
                        - Vamos pedir uma pizza? – Sugeriu Mirella.
                        - Margaritta – concluiu Claúdia.
                        Depois de uma longa discussão sobre qual seria a pizza, resolveram que seria uma metade de queijo e a outra de frango.
                        -Vai buscar Mirella – Millena disse em Tom de quem manda.
                        - Ô sua cara de porquinho da índia, fica quieta porque eu vou porque quero!
                        - Tanto faz. VAI LOGO.
                        Depois de comerem a pizza, Mirella e Millena discutiram mais 100vezes e depois foram dormir.

Mirella – Capitulo 7


Na casa de Caiou estava havendo um churrasco. Era aniversário de André, irmão de Caiou.
                        - Que foi Caiou? Você tá tão calado. – Estranhou André.
                        -Nada.
                        - Como nada? Você tá ai na maior fossa com essa cara de enterro e quer me fazer acreditar que não é nada? Você seu ladrão nem se deu ao trabalho de vir mexer com minhas amigas.
                        -Hum...
                        -Caiou! Você tá me preocupando... Você tá bem mano?
                        - To sim. Só estou pensando.
                        - Tá bom então.
                        André ficou com o irmão em silêncio, até que chegou mais uma convidada.
                       
Caiou estava na varanda, quando perdido em pensamentos sentiu uma mãe em sua nuca.
                        - Oi – Gabriela o beijou no pescoço.
                        - Oi Gabi.
                        - Hum – fez charme – você tá tão calado... tá com raiva?
                        - Tá bom, confesso... estava pensando em você.
                        - Não acredito... – continuou com o jogo – você nem se deu ao trabalho de vir falar comigo.
                        Caiou não respondeu, permaneceu calado até que Gabriela o puxou pelo braço até o portão da rua.
                        - O que você quer aqui? – Ele já sabia a resposta.
                        - Como se você não soubesse – Gabriela não deu tempo para que ele respondesse. O beijou.
                        Caiou que não era do tipo de rejeitar um beijo, ainda mais de uma garota como Gabriela, não a impediu.


Mirella – Capitulo 6

Mirella saiu do carro bem mais animado, sorria, mas por dentro se remoia e não sabia o porquê, mas decidiu que aquilo não a dominaria.
                        Entraram em uma loja e compraram prateleiras para os quartos; também compraram tintas.
                        - Mãe, para o quarto do Miguel seria boa está tinta azul, ela é bem clarinha.
                        -Vai ficar ótimo!
                        - E pro meu quarto eu queria este rosa chá.
                        - E para o quarto da Millena qual seria melhor? Ela gosta de verde, mas este é feio...
                        - leva um verde claro.
                        E assim foi de uma pequena mudança a uma grande mudança, não só no quarto das crianças, como também no dos pais. Compraram tintas, cortinas, enfeites e prateleiras.
                        - Mãe, vamos? – Mirella já estava cansada.
                        - Qué paápá! – Reclamou Miguel.
                        -Então vamos logo comer. – decidiu Claúdia.
                        Comeram rindo da bagunça de Miguel. Depois foram rindo para casa porque Mirella havia deixado cair sorvete na blusa preta.
                        - Cara... – reclamou Mirella – deveria existir um remédio... Não! Melhor, uma vacina contra gente desastrada!
                        - Bom, me parece que você já está bem, já voltou a fazer bagunça... – Claúdia rio da filha.
                        - Háhaáha. Que engraçado.
                        E seguiram o caminho assim.
                        Quando chegaram em casa, Millena já estava.
                        - parece que as compras foram boas. – Millena comentou.
                        Boas para nó... mas para o bolso do pai... – Mirella falou rindo.
                        - ah, estavam baratinhos e os quartos – confessou Claúdia – estão um lixo.
                        Claúdia deixou Miguel brincando no quarto e foi com Mirella e Millena buscar as coisas no carro.
                        - Pra que tanta tinta? – Admirou-se Millena.
                         - é pra pintar os quartos. A  tinta azul é do Miguel, a verde é sua, a laranja minha e a vermelha da mãe – respondeu Mirella empolgada.
                        Mas e essa branca? – Tornou Millena.
                        - É pra todos os quartos. A mãe e eu pensamos em pintar só uma parede colorida.
                        - Que legal. Dá pra pintar as portas também!
                        -E as prateleiras, o que sobrar a gente dá um jeito.
                        Claudia as observava, era bom vê as filhas felizes e trabalhando juntas. Finalmente.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Mirella - Cont. Capitulo 5



Mirella entrou e deu comida para os peixinhos dourados: Bronze, maça e laranja. Depois deu comida para o gato que não suportava, mas a irmã, a dona, não cuidava então sempre sobrava para Mirella.
-Vamos sargento. – esse era o nome do gato – Você não tentou comer meu canário hoje não é? - fez carinho no gato – Que bonzinho...
- Menina! - gritou Claúdia da porta – Deu pra falar sozinha agora é? - Havia acabado de chegar.
- Não mãe, eu tô falando com o Sargento.
- Já deu comida para o seu canário?
-Já vou, a sra. sabe que nunca me esqueço do Orinho.
-Sei... Seu pai disse que vai chegar na quarta-feira
-Serio mãe?
- Serio.
- Mãe - perguntou - a que horas vamos sair?
-Assim que almoçarmos, aliás vai lavar a louça.
- Quê? - Mirella fez em tom de resmundo, o que fez Claudia sorrir.
- Tô brincando, vai lavar as mãos.
Claúdia saiu com o olhar da filha a fitando.
Claúdia era uma mulher jovem, de apenas 33 anos, deu a luz a Mirella com 15 anos, então tece de parar de estudar. Seu marido, também não rinha muito estudo, porém conseguia p0r comida na mesa apesar de tudo. Mirella se orgulhava dos dois. Sonhava sempre em se tornar uma mulher bonita e inteligente como a mãe, que apesar de ter parado de estudar, todos sabiam o quão grande seria sido seu futuro.
Claúdia até tentou voltar a estudar depois do nascimento de Millena, masa acabou engravidando de Mirella, e quando Mirella tinha 6 anos e Millena 8 anos e já frequentavam a a escola, conseguiu concluir os estudos, apesar de trabalhar, cuidar da casa e fazer alguns serviços por fora, para poder ajudar ao marido, afinal, queriam dar tudo as filhas. Foi assim que conseguiram construir a casa, que era a maior da rua.
Mas quando Claúdia tentou entar na faculdade de administração, ficou doente, com pneumonia, então desistiu. Logo deepois veio Miguel e a lanchonete que conseguiram montar e, A partir da´seus sonhos ficaram cada dia mais distantes.
Mirella via a mãe como uma heroina: passou fome quando criança, rinha seis anos, começou a trabalhar cedo e por fim seu pai era muito severo, sua mãe, muito submissa.
Mirella sempre pensava como seria a vida fora do seu "mundinho perfeito".
como seria?
-Mi, filha, vem almoçar! - cahmou claudia.
Mirella não respondeu, estava perdida em seus pensamento.
- Miléia, em pápá! -Miguel tentou chamar a irmã.
Mas Mirella olhava o horizonte. O céu estava lindo, queria poder voar até o fim, até onde ninguém nunca foi.
Levou um susto quando a mãe a tocou no braço.
- Mirella o que está caontecendo? Te chamei 3 vezes e o Miguel também. Cheguei aficar nervosa, mas percebi que você não estava bem. O que aconteceu?
-Nada mãe, eu tô bem.
-Você saiu com seus amigos e voltou estranha.
-Mãe eu tô bem. Vamos almoçar?
Clauda resolveu não insistir, ela conhecia a filha e sabia que ela falaria, mesmo que desta vez estivesse demorando.
Almoçaram e Mirella não falou nada, não quis nem cmer direito, o que assustou Claúdia, já que a filha tenha uma "fome de leão."
- Mi... - não pode continuar, mirella a interrompeu dizendo que iria subir para se arrumar.
Claúdia sabia que algo estava diferente, mas apesar de ser mãe, não conseguia saber o que era. Isso a perturbava profundamente.
- Come Miguel - Claúdia disse com carinho.
- Maé - tentava falar miguel - Mã, Mí a ití.
Apesar de ter apenas 1 ano, Miguel era bastante esperto, para sua idade.
- Vamos nos arrumar, temos ue sair - Cludia pefgou quele gordo bebê e foram se aprontar.

Debaixo do chuveiro, Mirella pensava em algo, ou tentava descobrir esse "algo". Admitia que depois de ter visto aquele estranho algo estava diferente.
- Mirella - chamou Claúdia - vamos logo, estamos atrasadas e você ainda está no banho.
Mirella não ouviu e continuou mergulhada em pensamentos.
Claúdia bateu mais forte, causando um susto em Mirella, que se enrolou a toalha rapidamente e saiu do box molhando todo o banheiro, abriu a porta, dando de cara com Claúdia.
Mirella, você tá grávida? - Indagou claudia com a voz fime.
- O quê?
- Isso mesmo mocinha!
Mirella não podia acreditar. Estava navegando em um mar desconhecido onde não sabia para onde virar seu barco, e sua mãe, sua própria mãe a interrogava com uma pergunta tão absurda, tão estupida sem pé nem cabeça. não conseguia acreditar.
- Mirella Rodrigues Maia, responda menina! Você fez isso?
Mirella não conseguia reagir. Não estava gravida e se estivesse, seria do vento! Era virgem. Devia ter alguma câmera a filmando em algum lugar.
- Mirella! - irritou-se caludia - Não acrdito. Você? Esperva isso de sua irmã, mas de você? Que decepção. Ai meu Deus, me ajude... - Claúdia teve um acrise de choro - Eu te criei...eu...eu... - não terminou, apenas chorava descontroladamente.
Mirella não conseguia crer, agora tentar colocar a cabeça no lugar era engravida?
Que pecado cometera?
Aquela situação era com ela. Tentou fingir que não estava ali, mas não conseguiu, então olhou firme nos olhos da ma~e e disse: Não estou gravida e a sr. me decepciona pensando assim. Agora por favor, me deixe. Vou me trocar.
Claúdia diante daquela ena parou imediatamente de chorar. Quem era aquela? Sua filha? Não. Estava mais madura, mais segura. O que houve?
Sentou um pouco de remorço por ter desconfiado de Mirella e por ter a comparado com Millena. Mirella nunca a havia dado motivo, mas algo estava acontecendo.
Enquanto pensava nisso seguiu Mirella com os olhos, até quando ela fechou a porta do quarto, ficou olhado a porta. Se aproximou, Mirella não chorava.
Sera que esta era sua filha? Não poderia ser, ou ela como mãe teria falhado ao conhecer seus filhos.
Seus pensamentos foram enterrompidos quando Miguel começou a gritar pendurado na grade do berço, chamando mãe.
Mas mesmo ao ir salvar Miguel, ficou pensando se essa era a mesma Mirella. Se negou a ceitar que aquela com quem a pouco falara era sua Mirella.

Mirella estava no quarto rem uma especiede extasi. Algo, não sabia o que, estava diferente.
Se vestiu e quando ia saindo do quarto se deparou com a mae no corredor.
- filha - Claúdia tentou continuar mas as palavras morreram em seus lábios.
- Esquece mãe. Vamos, já é tarde.
Mirella desceu sem falar nada.
No caminho permaneceu calada. Não reclamou de Miguel que na cadeirinha do banco de traz do carro esperneava. Era estranho, ela detestava essas cenas de Miguel.
- Mirela ata- tentava miguel chamar a aenção - ata, ata, ata!
E por incrível que se pudesse imaginar, do nada o escândalo de Miguel tirou Mirella completamente de seus pensamentos.
- cala a boca! chega, que droga! Voc~e é um moleque bobo e mimado!
Miguel começou a chorar. Claudia não brigou com mirella, pelo contrário ficou feliz por ela ter desabafado tido, mesmo que dauqele jeito e no irmão.
parou o carro em uma vaga, pegou miguel no colo e o acalmou, depois o colocou novamente em seu lugar
Mirela olhava com remorso O irmão não tinha culpa.
-Vem cá seu menino mimad- o pegou no colo - desculpa a Mi?
- Ece ego imigo - Miguel ciranmingou.
- não brigo mais - Mirella falou rindo
Sua mãe que estava atenta deu um sorriso. Mirella estava voltando, mas não sabia se era bom ou mal.

No Pares



Ninguém pode pisotear sua liberdade
Grite forte se quiserem te calar
Ninguém pode te deter
Se você tem fé
Não fique com seu nome escrito na parede
Na parede.

Se censuram suas ideias tem valor
Nunca se renda, sempre levante a voz
Lute forte e sem medidas
Não deixe de crer
Não fique com seu nome
Escrito na parede
Na parede.

Não pare Não pare não
Não pare nunca de sonhar
Não pare Não pare não
Não pare nunca de sonhar
Não tenha medo de voar
viva tua vida!

Não pare Não pare não
Não pare nunca de sonhar
Não pare Não pare não
Não pare nunca de sonhar
Não tenha medo de voar
viva tua vida!

Não construa muros em seu coração
O que fizer sempre faça por amor
Ponha as asas contra o vento
Não há o que perder
Não fique com seu nome
Escrito na parede
Não...

Não pare Não pare não
Não pare nunca de sonhar
Não pare Não pare não
Não pare nunca de sonhar
Não tenha medo de voar
viva tua vida!

Não pare Não pare não
Não pare nunca de sonhar
Não pare Não pare não
Não pare nunca de sonhar
Não tenha medo de voar
Viva tua vida!

Não pare nunca de sonhar
Viva tua vida...



OBS: Sabe aqueles momentos de nossa vida em que nada mais nos serve e tudo parece não ter mais sentido? Sabe aqueles momentos em que parece que vivemos em uma eterna solidão e quem sabe o sol nunca mais voltará a brilhar? Sabe quando os sonhos são distantesx e você se torna apenas uma faisca do que um dia foi, sua luz já não brilha e cada momento se torna insuportavel? Foi nestes momentos que recorri a está musica que fala tudo.
Algumas pessoas não conseguem entender, outras entendem mas não tão profundamente... O que posso dizer é que se tornou meu Hino, que cura e faz se reerguer das cinzas e mostrar de cabeça erguida, gritando ao mundo:
- Sim eu cai! Mas quantos não cairam um dia. O importante é que me reergui, e estou aqui lutando novamente. No pares, não pare nunca de sonhar.

Mirella - capitulo 5

Acordou toda moída, depois da discussão com Millena ainda demorara muito para dormir.
    Olhou para o lado, Laurinha não estava e as cobertas estavam dobradas em cima da poltrona, e a cama estava para dentro; com certeza já devia estar lá em baixo.
     Quando desceu viu Laura com Miguel no colo, dando mingau para ele e conversando com Millena e sua mãe, que estava fazendo panquecas.
     - Todo mundo acordou tarde hoje – Comentou  Laurinha.
     - Como foi o passeio filha? - A Laurinha falou que você estava desanimado.
     Mirella lançou um olhar repreendedor para a amiga, que deu um sorrisinho de desculpas.
     - Pelo jeito foi  péssimo , ontem a noite  ela estava estava com uma cara de manga chupada - Millena provocou.
     - Verdade filha? O que houve?
     - Nossa, hoje é o dia de perguntar sem deixar responder? - Irritou-se Mirella.
     - Mirella, só perguntamos. - Respondeu D. Claúdia.
     - Desculpa mãe, mas não é que eu estivesse com cara de manga chupada, é que me bateu uma insónia e ai eu fui na cozinha tomar leite, e ai eu vi a srta. 'sai de casa sem avisar' na cozinha e me assustei com a cara de coruja reumática dela, e ai fiquei abatida.  
     - D. Millena, você saiu escondido? - Perguntou Claúdia irritada.
     - Bom, eu to indo, tchau Mi, tchau pessoal. -Escapuliu  Laura.
     - Eu vo junto - Disse Mirella já saindo.
     - Eu também vou - Millena já ia saindo.
     - Volta aqui Millena.
     - Mas mãe, eu to atrasada pro curso de informática, tchau!
    Millena na arte de enrolar Claudia era mestre, e dessa vez não perdeu a classe, mais uma vez.

     Lá fora no pequeno jardim, com u7m pé e jabuticaba  no meio e pequenas flores silvestres nos cantos e algumas outras plantas, Mirella e Laura conversavam, quando Millena passou apressada.
     - O que será que houve? - Pergunto Laurinha.
     - Não deve ser nada, só que ela mais uma vez enrolou minha mãe...
     - E você acha normal?
     - Pra mim não é novidade, as únicas pessoas que ela não enrola é a mim e ao meu pai.
     - Você é a Millena é pra rir.
     - Rir do que?
     - Vamos deixar isso pra lá. Agora me conta, você ficou feliz porque o Guga estava com a gente?
     - É fiquei - Mirella respondeu tão distante que Laurinha percebeu.
     - O que foi? Você tá diferente...
     - Não é nada, só viajei um pouco.
     - Será que essa viagem foi no Caio?
     - Você tá louca? Que Caioi o que, aquele garoto horrível!
     - Tá, calma, só falei!
     - Tá bom. - Ainda com o pensamento distante.
     - Você não tá bem, eu to indo tchau.
     - Tchau - Ainda distante, sem nem perceber que a amiga estava indo embora.
    

Mirella - capitulo 4

Laurinha ligou para a mãe e pediu para dormir na casa de Mirella. Sua mãe se negara a principio ao perceber que a filha estava com uma voz estranha, mas ao falar com Claúdia que asseguro que cuidaria dela e que seria melhor ela ficar lá do que ir para casa sozinha, a mãe de Laurinha finalmente deixou aceito.
     - Boa noite mãe - Falou Mirella enquanto se deitava.
     - Durma bem meninas. - Disse Claúdia saindo do quarto.
     - Obrigada D. Claúdia, boa noite pra sra. também. - Falou Laurinha antes que Claúdia saísse do quarto.
     Claúdia deu um sorrisinho e saiu.
     Mirella tinha um bi-cama e tinha um quarto só seu, não o tinha que dividir nem com Millena nem com o bebe mais choram do mundo, o Miguel.
     Laurinha se deitou na bi-cama de baixo e logo dormiu, mas Mirella não, só se remexia na cama, não conseguia nem sequer tirar um cochilo, sentia algo mas não sabia o que era.
     Pensava em Gustavo, mas dessa vez  o sorriso dele em sua lembrança não a tranquilizada mais, pelo contrario a deixava perturbada, inquieta.
     Lembrou-se que no dia seguinte, sábado, sairia com sua mãe para comprar materiais para a reforma de seu quarto e de seus irmãos.
     Resolveu ir tomar um copo de leite, mas em vez de se tranquilizar, levou um susto quando viu Millena na cozinha naquela escuridão.
     - Millena que susto! - Deus Mirella quase um grito abafado.
     - Nossa, você tá tão alarmada. Aprontou alguma né? - Millena pergunto cheia de malícia.
     - Pensa que eu sou você? - Quando foi se sentar caiu, havia tropeçado em uma sandália.
     - Como você desastrada menina, parece um garoto desengonçado!
     - Millena, eu não estou bem, vai encher o saco de outro. Eu só vim aqui para tomar um copo de leite, mas quem saber? Perdi a vontade só de ver essa sua cara de manga chupada!
     - Miauuuu! a gatinha ficou nervosa. - Cínica como sempre ele prosseguiu - E quer saber de uma coisa? Sobe logo sua desengonçada.
     Mirella subiu, não estava animada para brigar e pelo jeito Millena estava.
     Millena era 2 anos mais velha, mas parecia 4 mais nova. Ela ia completar dali uns meses 19 anos que as vezes parecia 10. Ela era insuportável.
     Mirella admitia que a irmã era linda, tinha os cabelos claros, mas era morena, tinha os cabelos cacheados e a língua de 100 kg. e as vezes tinha a impressão que no lugar do cérebro tinha uma ervilha. Mas apesar de tudo Millena era linda.