A cada nova decepção nosso coração volta a ser apenas caquinhos, mas o que ninguém sabe é que a cada nova punhalada ele se fragmenta mais. Os cacos se multiplicam.
Chega um determinado momentos em que a dor é tão imensa, pois mais uma vez a maldita decepção ocorreu, que o coração já não se fragmenta mais, se torna então apenas poeira, poeira de estrela, porque um dia dentro dele brilhou a luz da esperança, mas desta vez por não ter mais o coração a dor vai na alma. Uma das dores mais terríveis, pois a alma é muito sensível para punhaladas que o coração tão corajosamente agüentou levar quantas vezes foram necessárias para acabar com ele.
Não se sabe de quem se pode sentir mais compaixão: da pessoa causadora da destruição de mais um sonho, de mais um centelha de estrela cadente, ou da que não tem mais o coração para sentir e sua alma, ela já tem tantas feridas, tantas cicatrizes, que deixa de acreditar e se torna uma carapaça de dor vazia.
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